quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Impressão Serigráfica em Alumínio

INTRODUÇÃO
A produção de efeitos policromáticos em alumínio anodizado desperta grande interesse entre aqueles que dão acabamento ao mesmo.
Na prática, o processo “off-set” é bastante usado para impressão de tinta reserva, mas este método de trabalho é complicado e somente econômico em grandes tiragens de um único desenho.
Outros processos, que baseiam-se na aplicação de corantes solúveis em água sobre o alumínio anodizado, não são aplicados com sucesso porque sangram durante a selagem, manchando as áreas que devem permanecer brancas (limpas).
O processo de impressão que desenvolvemos, permite uma produção econômica de efeitos policromáticos sobre alumínio anodizado, com boa resistência à luz.





A ANODIZAÇÃO
A anodização é um processo que tem por finalidade acelerar e controlar a formação da camada de óxido de alumínio, originando uma proteção superficial e melhorando certas propriedades, como por exemplo, resistência a intempéries, dureza superficial, possibilitando uma diversificação de tipos de acabamento, etc.
Todos os metais são passíveis de oxidação, sendo na maioria deles um problema. Porém, no alumínio é usada como proteção, denominada anodização.A anodização, em relação a outros tipos de proteção do alumínio, possibilita uma maior durabilidade do acabamento, em virtude da maior intimidade com a estrutura do material.



AS PASTAS
As pastas ALUPRINT são usadas para impressão direta sobre alumínio anodizado pelo processo “silk – screen” . As pastas são vendidas prontas para o uso e contém, além do corante insolúvel na água, todos os ingredientes necessários, tais como solventes e espessantes, possibilitando impressões uniformes e contornos perfeitos.
Durante a secagem (depois da impressão), o corante contido na pasta se difunde no filme de óxido (camada anodizada). Como o corante é insolúvel em água, não sangra durante a selagem. As tintas possuem boa aderência e boa resistência à umidade e abrasão, etc.
Geralmente a resistência à luz é boa. Isto depende, contudo, das condições de aplicação (pôr exemplo, intensidade de cor) e acima de tudo da espessura da camada do filme de óxido.
As pastas são fornecidas em uma única concentração.Se forem pretendidas novas tonalidades, podem ser misturadas entre si em qualquer proporção.Necessitando-se de tonalidades mais claras, as pastas podem ser reduzidas com o INCOLOR ALUPRINT B-3R.Se, pôr razões locais , as pastas de impressão tiverem que ser mais diluídas (fluídas), as mesmas podem ser afinadas com DILUENTE ALUPRINT B-3R.
As cores disponíveis são:


Amarelo, Amarelo Ouro, Laranja, Rosa, Bordeaux, Vermelho, Violeta,Azul, Turquesa, Marinho, Verde, Castanho, Preto e Incolor .



O alumínio impresso pode ser sobre-colorido (coloração sobreposta) com corantes normais para alumínio. Dessa maneira, as áreas impressas não são coloridas (efeito de reserva).
Pode-se também obter efeitos de alto relevo e tingimento de baixo relevo.



PRÉ-TRATAMENTO DO ALUMÍNIO
ANODIZAÇÃO:30 minutos15 Volts180 a 200 g/l ácido sulfúrico livre / 18 a 20 oCEspessura de camada de 10 a 12 mm.OBS: Banhos de anodização a altas temperaturas produzem filmes com maior capacidade de absorção. Um tempo de tratamento prolongado, também produz filmes mais espessos, capazes de absorver mais corante e resultando em cores mais intensas.
LAVAGEM:Água corrente fria, 5 a 10 minutos.
NEUTRALIZAÇAO:Solução diluída de bicarbonato ou amônia, pôr 3 a 10 segundos. (Atenção: este item pode ser desconsiderado caso o item anterior remova todos os resíduos da solução da anodização).
LAVAGEM:Água corrente fria, 5 a 10 minutos.
SECAGEM:Temperatura ambiente
Obs: É importante secar os componentes anodizados e deixá-los completamente limpos para se obter impressões uniformes. A secagem obtida em estufas de ar forçada produz melhores resultados.Entretanto, deve-se dar especial atenção à temperatura, que não deve ultrapassar os 70 oC. Temperaturas acima da recomendada podem selar a superfície anodizada, dificultando ou até impedindo a penetração da pasta.
ESTOCAGEM:Peças que não serão impressas de imediato devem ser mantidas em ambiente seco e frio. Mesmo peças estocadas por algumas semanas, podem receber impressão, desde de que sofram um processo de REATIVAÇÃO DA CAMADA. Neste caso, o material deve ser imerso em uma solução Nítrica de 200 g/l, em um tempo entre 2,0 e 5,0 minutos, corretamente lavado e seco, antes da impressão.

IMPRESSÃO: A impressão deve ser feita pelo processo convencional de silk-screen. A matriz deve ser fixada à mesa com um sistema de articulação que permita levantar e baixar a tela. A peça de alumínio a ser impressa deve ser bem fixada à mesa pôr processo de vácuo, a fim de impedir que a mesma, após impressa, fique colada à matriz, o que causaria uma impressão defeituosa.
A matriz, ao baixar sobre a peça a ser impressa, deve ser mantida fora de contato, pois o contato deve ser feito somente com o rodo (squeegee) durante a impressão.
Para se obter impressões perfeitas, o rodo deve ser passado somente uma vez e sempre na mesma direção.
A pressão do rodo, a distância entre a matiz e a peça a ser impressa, a espessura da pasta, a dureza e o perfil do rodo de impressão, devem ser cuidadosamente observadas.

Impressão com Tingimento (Coloração Sobreposta)
Faz-se a impressão normal com o ALUPRINT sobre a peça anodizada e antes de selar, coloca-se em um banho de tingimento com corantes ALUMÍNIO ou SANODAL, até alcançar o padrão desejado.
GA_googleFillSlot("fazfacil_artesanato_arr_ceu_largo_meio_dir_160x600");
Após o tingimento, efetua-se a selagem e depois se dá o acabamento.
Obs: A camada de anodização neste caso deve ser pôr volta de 12 mm, não devido a impressão, mas devido ao tingimento.


Impressão com Relevo
Faz-se a impressão e seca-se bem. Para uma boa difusão da pasta na película de óxido, recomenda-se secagem a temperatura ambiente, pôr pelo menos 30 minutos e após em estufa a 60 oC.Coloca-se a aplicação em um banho de FOSCO 400 Pó, formulado com Soda Caústica na seguinte proporção:50 g/l soda cáustica100 a 300 g/l Fosco 400 Pó
Este banho produzirá um ataque à peça, sendo que a aplicação feita com o ALUPRINT não é atacada, pois é resistente à soda , portando-se como uma auto-reserva no alumínio. O trabalho pode ser feito a quente ou mesmo a frio. Neutraliza-se a peça em ácido nítrico diluído e lava-se em água corrente.Torna-se a anodizar, até uma camada de 8 a 10 m (a pasta ALUPRINT também é resistente a anodização) e tinge-se com corantes ALUMÍNIO ou SANODAL e posteriormente sela-se.
Obs: A primeira anodização, a qual vai receber a impressão, deve ser muito bem feita, pois será sobre ela que a impressão terá maior aderência e, conseqüentemente, maior resistência.A camada adequada seria de 12 a 15 mm.


Limpando as Impressões e Telas
As pastas só podem ser removidas através de solventes antes da secagem.
Os seguintes solventes são indicados: Metil etil cetona , Nitrocelulose, Acetato de etila, Álcool etílico ou metílico, Álcool isopropílico. O Diluente Aluprint B-3R é uma combinação de solventes e é particularmente útil para este propósito.


UMA VEZ SECA, É PRATICAMENTE IMPOSSÍVEL REMOVER TOTALMENTE AS IMPRESSÕES FEITAS SOBRE O ALUMÍNIO ANODIZADO.

Um Abraço a todos

Fonte: http://www.fazfacil.com.br/artesanato/serigrafia_tintas_4.html

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Emulsionamento de telas



O QUE SÃO TELAS EMULSIONADAS

Trata-se de um dos estágios da preparação de matrizes serigráficas, onde temos uma tela já esticada e com a camada de emulsão já aplicada e seca.
Dependendo do tipo de emulsão e das condições de armazenamento, as telas emulsionadas podem ser guardadas por várias semanas, e até comercializadas.
E quais são as etapas da preparação de uma tela emulsionada? O esticamento, que envolve o preparo do quadro, o tensionamento da malha, o controle da tensão e a colagem resultando a TELA ESTICADA.o desengraxe com produtos que venham a eliminar a gordura e poeira da tela esticada, proporcionando a TELA DESENGRAXADA. A sensibilização, a aplicação e a secagem da emulsão resultando finalmente a TELA EMULSIONADA. Uma observação importante nestas três etapas, como veremos a seguir, devem ser feitas em uma câmara escura. Nos processos de transferência fotográfica de imagens, como é a preparação de matrizes serigráficas, chama-se câmara escura um ambiente com iluminação adequada para o trabalho com produtos sensíveis a luz. Não que o ambiente tenha que ser completamente escuro, pelo contrário, todo ambiente de trabalho deve ser bem iluminado, para que as pessoas possam enxergar perfeitamente o que estão fazendo. Simplesmente, a iluminação de ambiente tem que ser tal que não afete a emulsão.
A luz é a que contém radiações na faixa do azul, do violeta e do ultravioleta, incluindo a luz branca. Assim, deve-se evitar toda luz que contiver estas radiações, inclusive a luz do dia.
Para tanto, basta manter o ambiente sob uma iluminação de predominância do amarelo ou do vermelho. Isto é fácil com o uso, por exemplo, de lâmpadas amarelas, bastante comuns e fáceis de encontrar.

A SENSIBILIZAÇÃO DAS EMULSÕES
Este processo pelo qual tornamos as emulsões sensíveis à luz, através da adição de sensibilizantes, tais como os diversos tipos de bicromatos e diazo. Saiba mais sobre cada um deles:
BICROMATO – é normalmente vendido na forma de solução líquida, pronta para o uso. Em geral, é acrescentado à emulsão, na proporção de 1:10 (uma parte de sensibilizante para dez partes de emulsão). A mistura é feita num copo graduado e num tubo de ensaio também graduado para se obter uma proporção correta. Esta mistura tem vida curta e, embora possa durar alguns dias, recomenda-se misturar somente o que será utilizado no dia. Com isto, há sempre um certo desperdício da emulsão que resta na calha ou no copo.
DIAZO – é geralmente fornecido em pó ou em pasta, e deve ser previamente diluído com água. É melhor evitar o uso de água de torneira para este fim, pois a água de torneira pode conter muito cloro, além de partículas sólidas de tamanho razoável. A água mineral também não é indicada, devido à sua alcalinidade e alto teor de sal. O melhor mesmo é usar água destilada, que pode ser encontrada até em postos de gasolina (água de bateria).
Uma vez diluído, o diazo deve ser imediatamente incorporado à emulsão em dose única, sensibilizando assim o pote todo de emulsão de uma só vez. Depois de sensibilizadas, as emulsões diazóicas duram de um a três meses em temperatura ambiente, dependendo do tipo de emulsão. Se forem mantidas sob refrigeração a uma temperatura média de 10ºC (na geladeira por exemplo), este tempo dobra, ou seja, algumas emulsões matêm-se em perfeitas condições de uso por até seis meses após a sensibilização. Estas características fazem do preparo uma operação fácil e sem desperdícios.
Em qualquer um dos casos, a mistura entre sensibilizante e emulsão deve ser completa. Em outras palavras: há que se misturar bem as duas partes. Pode-se usar para isto uma espátula de madeira, aço inox ou plástico, desde que ela esteja limpa a fim de evitar qualquer contaminação da emulsão. Ao mexer a mistura com a espátula mantenha uma velocidade lenta e constante a fim de evitar muitas bolhas de ar , cujo tamanho varia desde as grandes até as microscópicas. Estas bolhas podem danificar a camada de emulsão, deixando na matriz inúmeros defeitos tais como falhas semelhantes a pontos, “riscos de agulhas” e “olhos de peixe”.
Micro bolhas também podem permanecer no interior da camada, compromentendo sua durabilidade e, o que é pior, podem causar uma quantidade indesejada de micro furos. Para evitar todos esses acontecimentos, basta que a emulsão repouso por um período depois da mistura entre emulsão e sensibilizante terem sido feitas.
Este período pode ser de umas poucas horas, porém no caso de uma emulsão diazóica, não custa sensibilizá-la na véspera e deixá-la repousar durante a noite. Caso o repouso não seja suficiente, pode-se filtrar a emulsão com uma malha de nylon ou de poliéster, que esteja limpa e seja fina o bastante para reter as bolhas.
Ainda com respeito à questão das bolhas de ar, é importante observar que dependendo da maneira com que mexemos a mistura, pode gerar uma quantidade maior ou menor de bolhas. É claro, por exemplo, que não se deve “bater” a emulsão como se faz com as claras em neve, onde a finalidade, neste caso, é incorporar bastante ar nesta mistura. No nosso caso é justamento o contrário: o objetivo é incorporar a menor quantidade possível de ar à mistura, evitando a formação. Para isto, a melhor maneira é agitar a mistura com cuidado, bem lentamente, e em movimento que imitem o “número oito”.
No caso de emulsões diazóicas, há ainda algumas observações importantes quanto à sua armazenagem depois de sensibilizada:
- mantenha-a em sua embalagem original, devidamente tampada;
- procure tirá-la da geladeira algumas horas antes de usá-la, ou no dia anterior. Isto permitirá à emulsão recuperar sua viscosidade natural.
Como já vimos, além de emulsões bicromatadas e diazóicas, existem também as fotopolímeras e as diazo-fotopolímeras. Estas útimas se comportam de modo igual às diazóicas, no que tange à sensibilização. Já com as fotopolímeras é diferente: como já são sensíveis à luz, simplesmente não precisam ser sensibilizadas, Basta abrir o pote e utilizá-las.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Feira de Serigrafia e Sign 2009

Olá pessoal. Inaugurando o meu blog sobre serigrafia vou relatar a minha visita à 19ª edição da feira de Serigrafia e Sign que aconteceu no sábado 25/07/2009.
Foram por volta de 250 expositores dos dois seguimentos.
Logo que cheguei, por volta das 16:00hs levei um tremendo susto, a fila de entrada estava quilométrica e dava indícios que iria ser demorada. Me arrependi de não ter feito o pré cadastramento no site da Sertec. Mas como eu sou persistente e não desisto nunca por que sou brasileiro, eis que me coloquei na minha posição de último da fila. Em pouco tempo eu não era mais o último da fila, pois meu lugar foi ocupado por muitos e muitos outros visitantes


Comecei, como sempre, procurando os estandes de serigrafia e as novidades que eles traziam para o setor. Utilizei o mapa que estava no jornal Silk&Sign oferecido gratuitamente no balcão de credenciamento. Assim que me adaptei ao mapa e suas ruas com letras e números, que facilitaram a visitação, fui tentando visitar cada estande de maneira organizada, mas tinha tanta gente e tantas coisas para se ver que fui perdendo a noção de onde estava. Já não sabia se eu olhava no mapa ou vagava de acordo com meu interesse. E optei pela segunda opção, já que não tinha muito tempo a perder pois eu tinha pouco mais de três horas de visitação.




Percebi que o core-corre não vinha só de minha parte, pois devido ao tempo ruim muita gente deixou para ir na feira no último dia e restando poucas horas de visitação. Os estandes que encontrei sobre serigrafia estavam bem localizados apesar de terem diminuido. A cada ano que passa eu vejo menos estandes sobre serigrafia e mais estandes apresentando máquinas de última geração para o setor de comunicação visual, aqui denominado de Sign. Aí me pergunto: por que a feira que é de Serigrafia e Sign- note que o nome serigrafia vem em primeiro - está dando mais espaço para o Sign que a Serigrafia. Eu sempre comento que as duas áreas são co-irmãs andando às vezes lado a lado. Mas fica sempre a impressão de que o Sign está acabando com a Serigrafia. Puro engano, a Serigrafia nunca vai acabar pois sempre terá alguém necessitando de algum serviço ou produto que envolva a serigrafia. Eu já estou na serigrafia a mais de 16 anos e comecei quase do zero. Este quase em valores atualizados seriam pouco mais de R$ 400,00 que foram bem investidos em compra de quadros de madeira, alguns metros de tecido, emulsão e uma luminária feita com lâmpadas fluorescentes. Tem gente que torce o nariz para este tipo de começo ou ignora sua origem quando hoje está bem. Mas voltando à feira eu pude notar que os estandes com as maquinas de transfer e suprimentos para o mesmo fim, marcavam presença um pouco mais expressiva que no ano anterior. Eu tinha um certo receio sobre o futuro da serigrafia mas a cada feira que visito fico mais confiante no setor porque sei que sempre haverá um nicho, uma necessidade que envolva a serigrafia. Mesmo que os empresários resolvam investir em mais de uma opção para atender seu consumidor ou mesmo abandonar a serigrafia, haverá espaços a serem preenchidos por novos empreendedores que estarão iniciando uma pequena empresa e com certeza vão encontrar na serigrafia um ótimo negócio.
Um grande abraço e espero que tenham gostado do meu relato.